quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Mas que OBRA!


Quem tem passado pelo largo da igreja do Fundão, certamente já reparou, que há OBRA por ali. Mas que OBRA! Dizem-nos que é uma requalificação urbana!... Que é para tornar aquela zona pedonal!...Devolver o largo às pessoas!...
Bem, se tivermos em consideração o espaço de intervenção e o rebuliço que por ali anda há largos meses, facilmente compreenderemos a razão pela qual o país evolui tão lentamente.
Quem consegue explicar que durante dezenas e dezenas de dias os trabalhadores faziam hoje e destruiam no dia seguinte? Sim, porque pessoal técnico (?) da Autarquia não faltava, dando os seus palpites, raramente concordantes uns com os outros. E a quantidade de máquinas que fizeram daquele espaço, o melhor parque de estacionamento, perturbando quem por ali passava, cumprindo rituais litúrgicos, fazendo compras (poucas!) no comércio tradicional, aqueles que ali habitam ou têm o seu local de trabalho.
Mas é bom lembrar, que nesta OBRA está a ser utilizado dinheiro dos nossos impostos, o que significa que temos o direito de saber o custo real desta intervenção.
Não estou a questionar a sua necessidade ou utilidade, se fica melhor ou pior do que estava. Sinceramente, não sei! Oxalá que as grandes tílias, que refrescam os dias quentes de Verão, saibam perdoar as agressões das máquinas, que sem dó nem piedade feriram fortemente as suas raízes, para não falar em duas árvores - ao que me dizem, espécies raras, no Fundão, foram simplesmente arrancadas e levadas, talvez para aquecimento nas noites frias do Inverno que se aproxima.
E porque razão a OBRA foi abandonada, continuando o largo da Igreja Matriz do Fundão a servir de estaleiro?
Não há mesmo pachora!

JGouveia

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