DE QUEM É O CARVALHAAAL???

Em 1892, a familia Garrett era das mais importantes e ricas do distrito de Castelo Branco. Os baldios da serra da Gardunha eram explorados: as pastagens do carvalhal, pela Casa Garrett, as castanhas, pela irmandade do Santíssimo e as terras de cultivo pelo povo do Souto da Casa. Havia nessa altura uma tradição que se cumpria na Quarta-feira de cinzas: O povo juntava-se de manhã no Carvalhal, comia-se, bebia-se e, depois do regedor dar um tiro de pistola para o ar, todos corriam de enxada na mão e começavam a demarcar o terreno de cultivo anual (quanto mais marcassem mais terreno teriam disponível para cultivar). Nesse ano a familia Garrett ordenou ao seu feitor que impedisse a ocupação das terras pelo povo. O feitor tentou mas, os sinos tocaram a rebate, juntou-se o povo e, como castigo obrigaram o feitor a carregar uma castaceira (grande ramo novo de castanheiro) desde o alto da serra até ao Souto da Casa. Por vezes paravam e perguntavam-lhe: - De quem é o Carvalhal? Ele respondia: -É do Sr. Garrett...Continuaram o caminho insistindo na pergunta, à qual ele acabou por responder: -É vosso! Mas as pessoas queriam ouvi-lo dizer "é nosso" porque ele também era do Souto da casa. Já na aldeia, quando viu tanta gente à sua espera, demasiado cansado para discutir, feita a pergunta rspondeu: -É nosso!!! Depois dessa resposta o povo festejou, e, até mesmo a GNR participou nos festejos. O caso resolveu-se no dia seguinte no tribunal da covilhã. O juiz deu razão ao povo do Souto da Casa restituindo-lhe o direito ao cultivo das terras do carvalhal. Hoje a tradição continua a ser cumprida: todas as quartas-feiras de cinzas faça chuva ou faça sol o povo sobe a serra da Gardunha, come-se, bebe-se e grita-se: De quem é o carvalhal? E o povo responde: É nooosso!!!

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QUE DELÍCIA DE IMAGEM!

Tranquilidade, Serenidade, Confiança...palavras difíceis de encontrar neste tempo presente tão marcado, cada vez mais, pelas desigualdades sociais.

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CARNAVAL À PORTUGUESA...COM CERTEZA!

À semelhança do que aconteceu nos últimos anos, os Caminheiros da Gardunha - associação que se dedica a conhecer e a defender a serra que lhe dá o nome - trouxe ao Fundão, animação e festa que encheu as artérias principais da cidade.

Como é seu timbre, a sátira saiu à rua, quer através de carros alegóricos ou cartazes que os próprios foliões transportavam.

A crítica à política nacional (pelas mãos da crise, da educação, ou mesmo da banca...) e à política local através das obras "emblemáticas" do actual executivo camarário, ou mesmo dos candidatos anunciados às próximas eleições autárquicas.

Não houve reis nem rainhas do Carnaval, importados do Brasil ou mesmo das telenovelas que povoam as noites nos vários canais televisivos! Houve sim um Carnaval tipicamente português que, ano após ano, é cada vez mais mobilizador das várias colectividades das freguesias do concelho do Fundão.

Parabéns à freguesia do Alcaide que muito bem trouxe a este desfile o tema da reciclagem, onde velhos e novos quiseram chamar a atenção de todos quantos viam o cortejo passar.

Neste momento, tudo está mais calmo. As próximas horas vão ser de descanso, para compensar o desgaste de todos quantos prepararam este evento.

Daqui para a frente, olhinhos bem abertos, pois é necessário registar os tais "apanhados", que no próximo ano desfilarão neste dia.

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JUSTIÇA A TODO O VAPOR

Quem diz que a Justiça em Portugal é morosa, ineficaz, distraída...engana-se! Hoje, 19 de Fevereiro, podemos afirmar exactamente o contrário. O Carnaval de Torres Vedras foi o alvo dessa eficácia. O pudismo de um cidadão ao fazer uma queixa no Ministério Público contra umas imagens obcenas, pornográficas... que ocupavam o ecran do famoso computador Magalhães, foi o suficiente para que o zêlo de uma cautelosa Procuradora Adjunta, ordenasse aos organizadores deste tradicional cortejo, que retirassem de imediato esta sátira do festim carnavalesco.

Apenas duas questões queria colocar:

1) Em que mundo tem vivido este angélico cidadão, onde não existem mulheres nuas, semi-nuas, televisão, internet...nem brincadeiras de Carnaval?

2) Será que num país onde todos os magistrados se queixam de viver, diariamente, "atolhados" em processos mais ou menos complexos, aparece uma jurista a actuar, prontamente, após a recepção de uma queixa?

Se não estivessemos já em plena época carnavalesca, com os motores a aquecer, dificilmente conseguiriamos perceber tais procedimentos; mas como diz o povo, "é Carnaval, ninguém leva a

mal"!

Mas que dá para rir, lá isso dá.

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VIVE A NOITE

VIVE A NOITE é um projecto candidatado pela "Terras da Gardunha" - Associação de Desenvolvimento Local e aprovado pelo Instituto da Droga e da Toxicodependência, IDT. Abarca os concelhos da Covilhã e Fundão e visa informar os jovens sobre o uso de drogas e sexualidade. Este projecto conta com uma equipa multidisciplinar (um enfermeiro, uma assistente social, um psicólogo e a sua coordenadora, Filipa Batista) que aposta numa estratégia de proximidade junto dos jovens, tendo como meta "reduzir riscos e minimizar danos", isto é, prestar cuidados de saúde, ao nível do aconselhamento, distribuição de preservativos e informações sobre o consumo de substâncias psico-activas.Trata-se de uma estratégia que fica num ponto intermédio entre a prevenção e os tratamentos.

A apresentação deste projecto teve lugar numa discoteca da cidade da Covilhã, no dia 14 de Fevereiro. Segundo Filipa Batista, esta equipa marcará presença na Semana Académica, na Covilhã e no Festival da Serra da Estrela, a realizar em Valhelhas. Para além disso, este trabalho de acompanhento dos jovens, será visível na diversão nocturna de fim de semana na Covilhã e Fundão.

Ideia interessante, esta, sobretudo porque conta com uma equipa multidisciplinar que actua junto dos jovens, de uma forma pedagógica e não punitiva.

Oxalá os resultados ultrapassem os objectivos previamente definidos. Pessoalmente estarei atentento ao seu desenvolvimento.

VIVAM A NOITE, MAS NÃO ESTRAGUEM AS NOITES!

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MUSEU DA PASTORÍCIA

O Núcleo Museológico da Pastorícia está localizado no centro da aldeia de Salgueiro, no concelho do Fundão e, preserva a memória de um dos últimos pastores artesãos da Beira Baixa, o falecido José dos Santos. Entre as peças construídas, encontam-se bombos, cajados, flautas pastoris e outros utensílios ligados à pastorícia.

A exposição inclui ainda uma leitura fotográfica do autor, instrumentos musicais, objectos do seu quotidiano e uma reprodução da sua oficina.

Aqui fica o registo de um espaço que vale a pena visitar, para que através dele possamios fazer uma retrospectiva temporal, no intuito de que a história não se perca e enriqueça o conhecimento futuro.

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CRISE...SOBRETUDO DE AFECTOS

Finalmente o país ficou a saber que estamos em crise. Sim, daquela que se diz profunda e que veio para ficar. Os analistas políticos não se cansam de fazer cenários, cada qual mais maquiavélico do que o outro! Acho mesmo que fazem apostas para ver quem acerta no pior.

Mas não é a crise económica que eu quero trazer aqui hoje! Essa, dispenso-a para os economistas e para os fazedores de opinão.

Quero sim, falar da indiferença humana que diariamente convive connosco e que de uma forma egoísta fazemos de conta que nada temos a ver com a questão.

Simplificando, onde estão os valores que deviam ser cultivados, na familia e na sociedade de modo a que o respeito pelo outro fosse algo nobre que protegesse os mais fracos. É assustador o número de casos, cada vez maior, de violência conjugal e de violência física nas crianças! E nós que fazemos? Ocultamos as situções e refugiamo-nos na nossa concha de protecção, para que ninguém nos incomode...

Esta crise, não sendo a tal, a económica...de que todos falam, não é menos importante, porque o que está em causa, é a crise de afectos que torna esta sociedade mais egoísta, mais cruel, mais indiferente... e por tudo isto, UM PAÍS MAIS POBRE.

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DARWIN

Comemora-se este ano o bicentenário do nascimento Darwin.
Charles Darwin é o autor da teoria da evolução que está exposta no seu livro fundamental, "A Origem das Espécies", de que se celebra também em 2009 os 150 anos da sua publicação. Esta obra é o resultado de uma viagem à volta do Mundo em que embarcou com apenas 22 anos. As observações feitas durante a viagem persuadiram-no pouco a pouco de modo a concluir que as espécies sofrem uma constante evolução. Esta conclusão viria a constituir o cerne da sua teoria. O livro, que esgotou em poucos dias, alcançou um sucesso imediato, mas desencadeou vivas reacções das autoridades religiosas, que viram nas suas ideias uma contestação da doutrina cristã da criação do mundo.
O debate viria a subir de tom com "A Descendência do homem e Selecção em relação ao sexo", onde Darwin demonstra em 1871 que o homem e o macaco descendem de um mesmo antepassado comum.

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MAS QUE AGITAÇÃO!...

Quem esteve atento às notícias dos últimos dias deu conta, por certo, da inquietação e da preocupação com que a igreja católica tem andado. Agora o mote, foram os casamentos gay! Nada de novo, aliás nada que nos trouxesse alguma admiração. Quem não se lembra das declarações do Cardeal Patriarca de Lisboa a propósito do casamento das mulheres portuguesas com muçulmanos? E das posições anti-aborto...Enfim, este discurso radical, às vezes a tocar os limites do razoável, já é intolerável, mas daí, assistirmos a indicações de voto tão precisas ainda tão distante das eleições, dá-nos que pensar! Depois das conferências episcopais a que já nos vamos habituando, é caso para perguntar, mas a igreja está a preparar-se para se candidatar a algum dos próximos actos eleitorais?

Por favor contenham-se, sejam mais moderados no discurso e discretos na acção!

Olhem que às vezes não é por viverem obcecados com estes "pecados", que o povo reage a vosso contento...

É que o povo já não é, nem ceguinho, nem tolinho! Já sabe pensar e filtrar a demagogia da verdade, ou é preciso trazer à lembrança a derrota que a igreja teve a propósito do aborto?

Esclarecer os fiéis é uma coisa, lavar-lhes a cabeça com mitos e fantasmas é outra.

Serenidade e bom senso precisa-se.

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REFLORESTAÇÃO PRECISA-SE (II)

Idanha a Nova e Penamacor são duas das oito localidades do País onde vão ser plantadas 15 000 espécimes de plantas raras, no próximo dia 14, numa acção conjunta da Caixa Geral de Depósitos e associação ambientalista Quercus, com o objectivo de salvar a floresta original portuguesa.

O apoio a projectos de florestação e recuperação de zonas ardidas, passando por acções de sensibilização ambiental para a importância da floresta, de modo a criar atitudes e comportamentos ambientais adequados, tendo em vista a preservação e valorização da floresta, são os principais eixos de acção das instituições referidas.

No Vale do Côa, a Associação de Transumância e Natureza, e o Colectivo Germinal, organizam este fim de semana, mais uma acção de reflorestação no âmbito do projecto "Um milhão de sementes para o Vale do Côa".

Aqui ficam mais dois exemplos a seguir, por quem de direito...ou não!

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REFLORESTAR É PRECISO! (I)

A campanha "Um milhão de carvalhos para a Serra da Estrela", da responsabilidade da Associação dos Amigos da Serra da Estrela, arrancou em 2006 e nela já participaram cerca de 3 400 voluntários, incluindo centenas de crianças de escolas de todo o país que recolheram sementes (bolotas) para viveiros. São sementes que depois de rebentarem e crescerem, dão origem a pequenas árvores, prontas para comungarem do espírito da paisagem serrana. A plantação regressa hoje ao maciço central e conta com a colaboração da Força Aérea Portuguesa através da cedência de um helicóptero para garantir o êxito desta acção a lugares inacessíveis. A acção de hoje é uma resposta voluntária ao combate à erosão, provocada por um violento incêndio no Vale Glaciar, no Verão de 2005.

Com o desaparecimento da floresta e da vegetação, a biodiversidade diminuiu, o solo retém menos água e o número de derrocadas aumentou.
Números que vale a pena reter: desde 2006, esta louvável iniciativa da ASE, já plantou 20 mil carvalhos e bétulas e lançou 25 milhões de sementes (muitas foram destruidas por javalis e ratos).
Depois deste exemplo, apetece-nos perguntar qual tem sido o papel do Governo (Serviços Florestais) neste processo de reflorestação, não só da Serra da Estrela, mas também nas vastas zonas fustigadas pelos incêncios nos últimos anos, distribuídas um pouco por todo o país.


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ZÉTHOVEN

Afinal o que é ZÉTHOVEN? Zéthoven é um Projecto de educação musical dirigido às crianças, único em Portugal. Nasceu na Associção Cultural da Beira Interior, com sede na cidade da Covilhã, e tem como presidente o maestro Luís Cipriano. Este pretendia ter "a orquestra sinfónica a tocar canções de crianças para que elas percebessem que afinal a orquestra também podia tocar a música delas e ao mesmo tempo dar-lhes a conhecer um leque diferente de instrumentos".

Foi este o nome escolhido, porque Zé, é um nome tipicamente português, que tem alguma afinidade pelas crianças. E Bethoven por ser um compositor que quase toda a gente já ouviu falar.

Este projecto já tem dez anos, e actualmente estão envolvidas 2200 crianças e 23 professores, distribuidos por cinco concelhos: Sertã, Vila Velha de Ródão, Figueira de Castelo Rodrigo, Mação e Pinhel.

Conta com seis CD's gravados, um programa de televisão e o reconhecimento nacional. Daí podermos afirmar, que o ZÉTHOVEN veio para ficar.

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LUGAR À SOPA

A SEMANA DA SOPA, que decorre de 2 a 6 de Fevereiro na Escola Básica Serra da Gardunha é uma iniciativa da equipa do projecto "Crescer com Saúde", e visa salientar a importância da sopa na alimentação equilibrada e no bom desenvolvimento físico do do corpo humano.

Assim, cada dia é dedicado a uma sopa diferente, procurando utilizar os ingredientes mais ricos e nutritivos. Estes, são trazidos de casa pelos alunos, bem como os utensílios necessários à sua confecção.

Paralelamente os alunos e professores envolvidos nesta acção visitam a cozinha da cantina e procuram que as sopas e os pratos ali confeccionadas estejam dentro dos padrões de uma alimentação saudável.

Uma forma diferente de viver a escola, onde a saúde e o crescimento dos nossos jovens é uma preocupação diária, transversal a várias disciplinas, professores e enfermeiras do Centro de Saúde do Fundão, que partilhando o seu saber e experiência, se assumem como parceiras activas neste projecto.

Fiquemos com esta ideia central que os dinamizadores da iniciativa nos sugerem: RECUPERAR O HÁBITO DE COMER SOPA, É DIZER NÃO À OBESIDADE.

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