CONCERTO NA GARDUNHA

"A Primavera dos sons no despertar da Natureza", foi o título escolhido para o Concerto que teve lugar, hoje, na Escola Básica da Serra da Gardunha.

Que melhor título, que melhor cenário, de braço dado com a Gardunha, podiam ser escolhidos para anunciar a chegada da Primavera e, por outro lado, para terminar este 2º Período de aulas?

Foi num clima musical, com muito sol à mistura, que o Concerto decorreu. Alunos e professores não arredaram pé para ouvirem os jovens músicos da nossa Escola. A iniciativa partiu da turma do 5º A e contou com primoroso apoio da Academia de Música do Fundão, parceira da Escola, nesta vertente artística.

Ao evento marcou presença, mas sem aviso prévio, a Srª Ministra da Educação, que se congratulou com todo o trabalho que esta Escola está a desenvolver em várias frentes, dado a conhecer através de alguns projectos apresentados pela Srª Presidente do Conselho Executivo.

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ESCOLA COM POESIA DENTRO

Na Escola Básica Serra da Gardunha a poesia saltou dos livros da Biblioteca e instalou-se pelos corredores. Quem por ali passa, não pode ficar indiferente aos poemas, aos autores e claro está, a quem teve a brilhante ideia de colocar a poesia mesmo à frente dos nossos olhos.

Não será esta,uma forma inteligente de aliciar pequenos e graúdos para tão nobre arte de escrita?!

Aqui fica mais uma ideia! Afinal as nossas escolas continuam a ser verdadeiros laboratórios, onde a criatividade e o saber são cultivados diariamente.

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21 DE MARÇO - DIA MUNDIAL DA POESIA

As palavras

São como cristal,
as palavras.

Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:

barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.

Tecidas são de luz
e são a noite.

E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.

Quem as escuta? Quem

as recolhe, assim,

cruéis, desfeitas,

nas suas conchas puras?

Eugénio de Andrade

21 DE MARÇO - DIA MUNDIAL DA POESIA

O poema

O poema me levará no tempo
Quando eu já não for eu
E passarei sozinha
Entre as mãos de quem lê

O poema alguém o dirá
Às searas

Sua passagem se confundirá
Como rumor do mar com o passar do vento

O poema habitará
O espaço mais concreto e mais atento

No ar claro nas tardes transparentes
Suas sílabas redondas

(Ó antigas ó longas
Eternas tardes lisas)

Mesmo que eu morra o poema encontrará
Uma praia onde quebrar as suas ondas

E entre quatro paredes densas
De funda e devorada solidão
Alguém seu próprio ser confundirá
Com o poema no tempo

Sophia de Mello Breyner Andresen

CÃO DA SERRA DA ESTRELA, SIM...

... de passerelle NÃO!

Isto a propósito de um concurso canino que decorre no Fundão durante este fim de semana.

Com o respeito que este animal me merece, aqui ficam algumas curiosidades:

Cada Raça tem o seu carácter especifico desenvolvido ao longo da sua existência. O cão de pastor permanecia sempre com as ovelhas, enquanto o pastor se afastava para ir à aldeia. Assim o cão desenvolveu um carácter independente e de excelente cão de guarda.
Estas características fizeram com que esta raça se adaptasse muito bem aos tempos modernos.

O CÃO SERRA DA ESTRELA consegue esperar pacientemente, guardando a casa e o jardim, até que o dono volte a casa no fim do dia.
Mas uma coisa é certa: o seu comportamento fica a dever-se sobretudo à educação que recebe do seu dono e ao convívio com o mesmo.
A beleza deste cão, a sua inteligência e a robustez, são características que lhe permitem ser mais do que um excelente guarda: ele é também um bom cão de família e muito tolerante com as crianças.

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OLHARES DIFERENTES...PELA GARDUNHA

Azul e branco
...mais tarde o branco dará lugar às deliciosas cerejas - Alcongosta

As urzes

...começam a colorir os espaços cimeiros da serra da Gardunha

Espelho d' água

Barragem da Nave - Sítio do Carvalhal - Serra da Gardunha

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OLHARES DIFERENTES...PELA GARDUNHA

Podiamos chamar-lhe...cabeça pe porco?

...casa com telhado?

...nicho com a imagem de uma santa?

...guarda de honra?

...homenagem a um tempo passado?

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DO SONHO À REALIDADE

Passados que foram vinte e um anos após o 11 de Março de mil novecentos e oitenta e oito faz sentido continuarmos a falar da geminação das cidades de Fundão, Marinha Grande Montemor-o-Novo e Vila Real de Stº António? Obviamente que sim!
O Projecto que une estas cidades, na área da educação, tem demonstrado que vale a pena apostar na aproximação de alunos e professores, pois para além da criação de laços afectivos, incentiva a pesquisa e enriquece o conhecimento.
Os intercâmbios que se mantêm e se renovam ano após ano são verdadeiros motores de energia criativa, geradores de novos desafios.
“Cheiros e Sabores”, “Patrimónios do nosso brincar” e “Lugares e datas com estórias” têm sido as grandes acções educativas que nos últimos anos dinamizaram as comunidades educativas, criando uma relação de proximidade, cada vez maior, entre a escola e os vários agentes locais.
Presentemente “ Lugares e datas com estórias” é mais uma etapa deste percurso temporal, mas também um jogo de descoberta intra e intercidades que pretende, através da pesquisa, conhecer melhor a História local de cada uma das cidades envolvidas.
Hoje mesmo – dia de aniversário da geminação das 4 cidades – os alunos das escolas envolvidas, quiseram marcar presença não só no programa das comemorações, mas também através de uma exposição de desenhos sobre “Personagens e datas” dos vários concelhos, e uma edição de vinte e oito marcadores sobre a mesma temática.
Mas o trabalho ainda não fica por aqui este ano, pois a construção de Puzzles sobre o “Património construído” das cidades – a apresentar no final do ano lectivo - assumirá o papel central desta acção, através do estudo pormenorizado da realidade local, por vezes tão esquecida e tão mal preservada, por quem de direito.
É esta constante procura do conhecimento, em que todos estamos verdadeiramente empenhados, que faz do “Projecto à Descoberta das 4 Cidades” um elemento aglutinador de vários esforços no sentido de contribuir activamente para a construção de um espólio único, de união em torno da diversidade, destas cidades geminadas.

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A TRADIÇÃO REPETE-SE

Solene, cheio de um sentir profundo, o Fundão celebra intensamente as tradições religiosas da Quaresma. Entre o Homem e o Sagrado, nada se interpõe a não ser o sentimento colectivo de devoção.

Hoje teve lugar a Procissão dos Passos.

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DE OLHOS NA GARDUNHA

Sitio do Carvalhal - lugar mítico - para o povo do Souto da Casa, que há mais de um século comemora a tomada de posse dos baldios, até então nas mãos da Casa Garrett.

Castanheiro centenário que marca ainda, o lugar dos soutos aqui existentes - Sítio do Carvalhal. Os vigorosos rebentos assumem-se como continuadores da sua história.

Na serra da Gardunha - sítio do Carvalhal - a água jorra por todos os lados, matando a sede ao povo do Souto da Casa, também chamado, da "rama do castanheiro".

O fogo que noutros tempos por aqui passou, deixou a paisagem marcada pela destruição.

A natureza deixou esculpida nas rochas a dureza da sobrevivência daqueles que aqui viveram

A paisagem é soberba! As encostas cavadas, o vale acentuado e a Serra da Estrela lá bem longe.

Foto tirada do sítio do "Picoto"

Mesmo as fundo, como "guarda-mor de sua magestade", fica o Fundão, guardião deste tesouro natural, que em tempos o viu arder, gastando todas as suas energias para neutralizar tamanha tragédia.

O tempo actual é de regeneração: devolver a vida à Gardunha.

Foto tirada do sítio do "Picoto".

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NATUREZA ENAMORADA

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A 23 GANHA NOVA VIDA

Cerca de 600 alunos vão plantar 1 200 pinheiros e carvalhos junto aos nós de Belmonte Sul e Norte, Castelo Branco Norte, Retaxo, Perdigão, Alvaiade, Fratel e Gardete.
Trata-se da segunda fase do projecto de plantação de árvores, promovido pela Scutvias e Governo Civil de Castelo Branco.
A iniciativa decorre de 9 a 13 de Março e pretende contribuir para o equilíbrio do ecossistema, bem como, melhorar a qualidade de vida das pessoas.
Penso que atitudes como estas deviam servir de exemplo a outros agentes da sociedade civil e do Estado, de modo a que o futuro do ambiente não continue ameaçado.

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A PROPÓSITO DAS DATAS COMEMORATIVAS

Esta semana está a decorrer a "Semana da Leitura". Por todas as escolas deste país têm lugar uma imensidade de iniciativas, com o objectivo de trazer o LIVRO para a ordem do dia. Aliás, cada vez mais, todos nós, somos chamados a atenção das datas comemorativas, de tudo e de nada: Dia Mundial da Paz...como se a paz não fosse um imperativo diário; Dia Do Pai; Dia da Mãe; Dia da Não Violência; Dia dos Direitos Humanos; Dia dos Namorados...e fico-me por aqui.

Sem tirar a importância que cada um destes dias possa significar, o que me leva a escrever sobre este assunto, é que estamos a ser comandados, direi mesmo manipulados por interesses diversos que pretendem captar a nossa atenção para dia X, e esquecê-lo imeditamente no dia seguinte. Isto é, em vez de existir uma cultura de hábitos, valores, capazes de criar cidadãos geradores de sociedades mais cultas, mais respeitadoras, estamos sim, a ser verdadeiros actores involuntários de momentos e vontades "descartáveis", incapazes de criar linhas coerentes de actuação, nos mais diversos sectores da sociedade.

Começar por algum lado é urgente...O LIVRO é um bom começo! Mas, por favor, que a leitura não seja um acto obrigatório desta semana, simplesmente porque é a Semana da Leitura!

E as outras?

O prazer de ler, a cultura da paz, do amor, o direito pela diferença do outro...devem fazer parte de uma atitude diária, da familia, da escola e da socidade. Quando isso acontecer, podemos banir do calendário essas datas, que hoje ordeiramente cumprimos, algumas com ritual muito especial, que o comércio se encarrega de organizar, de forma a que todos nós facilmente possamos digerir.

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