segunda-feira, 10 de novembro de 2008

ASAE ... sempre atenta!


Hoje a manhã estava linda! O sol convidava os poucos habitantes da aldeia de Casteleiro - Sabugal - a saírem à rua, afinal era feira de S. Martinho, acontecimento anual que traz muitas lembranças áqueles que, mesmo com dificuldade saem de casa e vão até ao largo de S. Francisco - local de encontro dominical - para fazerem as suas compras e trocarem novidades. Há anos que este ritual se repete e claro está, que o convívio entre os que por ali se passeiam, é um ponto alto deste dia. É bom recordar o ditado popular, que por aqui tinha força, " pelo S. Martinho, assa um magustinho, vai à adega prova o vinho e mata o teu porquinho". Actualmente, embora já não se mate o porquinho, mas continua-se a assar o magustinho e a provar o vinho.
É bom podermos sair da vida agitada dos nossos dias e mergulharmos neste ritual da Feira de S.Martinho, nesta aldeia marcada fortemente pela emigração, e que todos os anos nesta data pára a sua actividade para conviver, e fazer as compras há muito desejadas.
É claro que tudo acabaria bem se começasse bem!
Mas não foi assim! A ASAE sempre cuidadosa na sua actuação, veio quebrar a monotonia desta pacata aldeia, em dia de feira anual.
Nem o Stº Antóno escapou ao seu zelo! O grupo de mordomos que durante todo o ano trabalha em prol da festa de Verão, do dito santo, viu-se privado de angariar alguns fundos, pois não lhes foi permitida a abertura de um pequeno "bar de festa de aldeia", que neste dia se preparava para proporcionar um agradável convívio a todos quantos circulavam pelo largo da feira.
Não é preciso tanto, nem o Stº António escapa ao escrupuloso cumprimento do dever da ASAE!
Claro que o assunto dominante deixou de ser a feira...
Quem ganhou com isso?
Como esta gente é respeitadora da lei, acatou as ordens e o bar não foi aberto. Mas a tradição é mais forte. Rápidamente foram colocadas mesas ao ar livre, acendeu-se um grande lume, e, claro está, não faltou carne assada, pão, vinho, geropiga e outros assepipes que fazem deste dia, um momento importante na vida desta aldeia.
Parabéns aos que sabendo cumprir a lei, vão descobrindo alternativas que asseguram continuidade às tradições marcantes da vida de um povo.

JGouveia

1 comentário:

Agostinho Craveiro disse...

Olá, Joaquim!
Fico contente por finalmente te decidires a arrancar com o teu blog. Foi difícil o parto, mas a criancinha lá nasceu. Espero, sinceramente, que o tenhas feito em boa hora, que nós cá estaremos para dar o apoio necessário.
Um abraço
Agostinho