sábado, 24 de janeiro de 2009

ESPANHÓIS COLABORAM COM PORTUGUESES

O tempo em que se afirmava que "de Espanha, nem bom vento, nem bom casamento", já lá vai!
Cada vez mais os acordos transfronteiriços ocupam um espaço central na agenda dos governantes dos dois países. A exemplo disso está a cooperação na área da saúde, que mereceu especial destaque na Cimeira Ibérica.
Autarcas e dirigentes das zonas raianas de Idanha-a-Nova e Penamacor, elogiam o acordo celebrado, que vai facilitar o acesso das populações transfronteiriças a equipamentos de saúde dos dois lados da fronteira, mantendo, no entanto, algumas reservas sobre a sua eficácia: ver para crer! Na Guarda, o presidente da Unidade Local de Saúde, Fernando Girão, considera que o aumento da colaboração na área da saúde entre os dois países "terá todo o interesse". Os problemas que existem nos dois lados da fronteiras são semelhantes, pelo que seria visto "com bons olhos o aumento de cooperação entre os hospitais de Valladolid e Salamanca, com o Hospital da Guarda, não só em situações clínicas programadas, mas sobretudo na área da urgência e da emergência".

JGouveia

3 comentários:

Maria Jesús disse...

Já é hora! mais a cooperaçao sempre existiu na nossa raia, nao precisamos governantes dos dois países para començar ista acçao, ainda que sem para que isto seja uma realidade.

Joaquim Gouveia disse...

concordo com a ideia de que a cooperação transfronteiriça entre os povos visinhos sempre existiu. O convívio fraternal, mas também questões pessoais que levavam muitas vezes à zaragata, remontam a tempos ancestrais.
No entanto, temos que registar com agrado o acordo agora celebrado, pois está em causa a melhoria das condições de saúde destes povos
JGouveia

AC disse...

FRONTEIRA

De um lado terra, doutro lado terra;
De um lado gente, doutro lado gente;
Lados e filhos desta mesma serra,
O mesmo céu os olha e os consente.
O mesmo beijo aqui, o mesmo beijo além;
Uivos iguais de cäo ou de alcateia.
E a mesma lua lírica que vem
Corar meadas de uma velha teia.
Mas uma força que näo tem razäo,
Que näo tem olhos, que näo tem sentido,
Passa e reparte o coraçäo
Do mais pequeno tojo adormecido.

Miguel Torga